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 | 26/08/2006 20h04min

Embalado, Palmeiras tenta dar o troco na Ponte

Verdão tenta se vingar da derrota em casa no primeiro turno

Ainda sob o comando de Emerson Leão, o Palmeiras estreou no Campeonato Brasileiro no dia 16 de abril diante da Ponte Preta e perdeu por 3 a 2 em pleno Parque Antártica. Cristian e Edmundo marcaram no final e diminuíram um pouco o vexame alviverde. Neste domingo, às 18h10min, pouco mais de quatro meses depois e com Tite no comando, o Palmeiras vai a Campinas para tentar dar o troco na Macaca e continuar sua arrancada rumo ao topo da tabela.

Para superar os campineiros e chegar ao 10º jogo sem derrota, o técnico Tite contará com os retornos de Michael e Edmundo, que não enfrentaram o Fluminense por estarem suspensos. Chiquinho e Marcinho retornam para o banco de reservas e ficam como boas opções para o treinador, que não acredita em desespero por parte da Macaca, apesar da ameaça de rebaixamento.

– Todo mundo está desesperado. Nós para crescer, uns para sair do rebaixamento e outros para ser campeão. São estágios diferentes, mas todos estão desesperados – filosofou.

Satisfeito com o excelente desempenho de sua equipe na vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, Tite espera que o Verdão não perca o foco no primeiro jogo do returno.

– A Ponte tem variações interessantes na frente e laterais que saem muito. O grau de dificuldade será alto novamente e não podemos baixar a guarda, ou a Ponte nos atropela – alertou.

Em sintonia com o treinador, Edmundo, confirmado na equipe, endossou a análise de Tite.

– O Tite tem nos alertado para não deixar a euforia tomar conta do grupo. Precisamos continuar trabalhando sério para chegar aos nossos objetivos. Sabemos que temos condições de ganhar da Ponte, mas precisamos mostrar isso dentro de campo – reforçou.

Fazendo sua pior campanha desde a instauração dos pontos corridos (foram apenas seis vitórias em 19 jogo), a Ponte Preta luta para repetir o efeito “gangorra” que abatia a equipe nas últimas temporadas. Ao contrário desse ano, a Macaca sempre brigava na liderança durante o primeira turno, mas após um desmanche passava o restante do Nacional lutando contra o rebaixamento.

Em 2006, a tendência é que a escrita seja quebrada. A Ponte inicia o segundo turno com um aproveitamento de apenas 38%, mas vê a base do time titular ser mantida. O técnico Marco Aurélio segue no cargo, algo que não acontecia desde 2003, quando Abel Braga ganhou a confiança da diretoria e foi mantido mesmo lutando contra o rebaixamento.

Na 14ª colocação, com 22 pontos, Marco Aurélio vem alterando a escalação constantemente. Como a Macaca tem a pior defesa da competição com 39 gols sofridos, as principais vítimas das mudanças vêm sendo a zaga. Desta vez o alvo foi o goleiro Aranha, que volta ao banco após falhar em um dos gols do Atlético-PR na derrota de 3 a 0, na última rodada.

– Nós deixamos a desejar em alguns fundamentos de marcação contra o Atlético. Eles souberam aproveitar nossos erros e ganharam o jogo. Depois do segundo gol, ainda tentei mudar, mas ficou pior –justificou o treinador.

O atacante Tuto, que cumpriu suspensão na Arena da Baixada, volta e ocupa o lugar de Almir nos 11 iniciais. O esquema 4-5-1, usado no Paraná, volta a ser o 4-4-2. A novidade é o lateral-direito Luciano Baiano, finalmente garantido entre os titulares após ser afastado pelo treinador e apresentar problemas físicos – ficando quatro quilos abaixo do peso ideal.

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