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Sobe para 17 o número de mortos durante a posse de presidente da Colômbia

Subiu de 13 para 17 o número de mortos por causo dos durante a posse de Álvaro Uribe como presidente da Colômbia na quarta-feira, dia 7, em Bogotá. Quatro granadas de morteiro foram lançados contra o palácio presidencial e na área pobre conhecida como Calle del Cartucho, onde estava a maioria das vítimas, quase todas indigentes. O governo atribuiu os atentados à guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a principal do país.

– E não há dúvidas de que por trás dos ataques está a assessoria do Exército Republicano Irlandês (IRA) – disse na quinta-feira, dia 8, o general Reynaldo Castellanos.

Durante vários anos, o IRA cometeu atentados urbanos contra a presença britânica na Irlanda do Norte. Há um ano, o Exército capturou três irlandeses em Bogotá e os acusou de oferecer treinamento sobre explosivos às Farc.

– É o cumprimento da velha ameaça de trazer a guerra à cidade. É o início de uma força (rebelde) com grande capacidade técnica, com grandes recursos e com alto grau de frieza, disposta a tudo – afirmou o analista político León Valencia.

Uribe assumiu o governo prometendo linha dura e mais gastos militares contra a guerrilha. O país está em guerra civil há 38 anos, e só na última década foram 40 mil mortos. O general Héctor Darío Castro, comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, disse que só quatro das 16 bombas de morteiro lançadas contra a presidência explodiram. Nas horas anteriores à posse, as autoridades encontraram 120 bombas ao norte da capital, prontas para serem usadas. 

– Não quero imaginar o que poderia acontecer se todas explodissem – disse Castro.

Os atentados aconteceram apesar da vigilância cerrada de aviões, tanques, franco-atiradores e de soldados da infantaria. Valencia, especialista em táticas de guerrilha e ex-militante do Exército de Libertação Nacional (ELN, também marxista), afirma que os atentados de quarta-feira demonstram que as Farc já têm unidades urbanas especializadas. Por isso, disse ele, Uribe precisará melhorar a parte de inteligência das Forças Armadas se quiser vencer a guerrilha. Valencia não se deixou impressionar pelo tom conciliador adotado na posse por Uribe, e disse que o conflito vai se intensificar.

– Será um momento de confronto entre o Estado e a guerrilha para então tentar, depois de alguns anos, uma negociação de paz.

Em seu primeiro dia completo de mandato, Uribe participou do lançamento de um programa de informantes civis para melhorar a segurança das estradas em Valledupar, no norte da Colômbia. Ele também expressou pesar pelas mortes nos atentados. As informações são da agência Reuters.  

 
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