| 29/08/2006 14h15min
A entrada do meia Lenílson no segundo tempo do empate contra o Flamengo, no Maracanã, agradou ao técnico do São Paulo, Muricy Ramalho. O comandante do clube do Morumbi, inclusive, já se mostra mais maleável com a possibilidade de promover o atleta ao time titular na seqüência do Brasileirão.
– Futebol não pode ser analisado apenas com emoção. O Lenílson vinha entrando bem durante 15, 20 minutos. Quando tinha que atuar o tempo inteiro, ainda pecava pela irregularidade. Já contra o Flamengo, jogou bem durante mais tempo e melhorou – confirmou o treinador depois do treino desta terça-feira no CCT da Barra Funda.
Quando é questionado sobre a chance de Lenílson entrar no lugar de Danilo já nesta quinta-feira diante do Fortaleza, no Morumbi, Muricy Ramalho despista:
– Os dois podem jogar juntos. O certo é que teremos 11 em campo – afirmou.
No entanto, em busca do título brasileiro, Muricy Ramalho esclarece que sempre irá escalar aquele que for render mais para a equipe. Portanto, o comandante tricolor não admite reclamações seja qual for sua decisão.
– Aqui todos sabem que faço justiça. Quando eu escalo, ninguém me pergunta nada. Então ninguém tem direito de pedir explicações no momento que decidir tirar – lembrou.
Desde que as críticas aumentaram, Muricy Ramalho usa uma cautela excessiva com Danilo e procura valorizar seu esforço para ajudar o time. Na última semana, o treinador até fez uma consulta ao atleta sobre a possibilidade de poupá-lo em alguma partida do Campeonato Brasileiro devido ao desgaste físico da fase decisiva da Libertadores.
– Tive uma conversa com o Danilo uma semana atrás. Ele jogou com problemas físicos (na mão e no ombro) e é um atleta que usa demais o corpo. Mas recebi a resposta de que estava tudo bem. Temos que lembrar que o atleta jogou com qualidade diante do Cruzeiro – explicou Muricy Ramalho.
Mesmo sem antecipar qualquer decisão, a principal preocupação do técnico são-paulino fica com a parte psicológica de Danilo. Afinal, a cada dia, a pressão aumenta sobre o atleta. Desta forma, ele acha que o banco de reservas poderia trazer conseqüências ainda piores ao camisa dez do Morumbi.
– O treinador precisa saber qual será o prejuízo ao atleta caso saia da equipe – finalizou Muricy Ramalho.
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