| 30/08/2006 13h55min
O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu a prisão de Luiz Antônio Vedoin, um dos sócios da Planam. A empresa é acusada de pagar propinas a parlamentares em troca de emendas para compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento.
– Vedoim não devia estar solto. Porque se ele entrar em contato com algumas pessoas que podem estar envolvidas seriamente, pode haver esse tipo de manipulação – afirmou. Nogueira criticou ainda denúncias feitas por Vedoin à imprensa envolvendo outros parlamentares, que não foram citados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas ou no depoimento prestado à Justiça do Mato Grosso. A CPI pediu abertura de processo por quebra de decoro contra 69 deputados e três senadores. Para o corregedor, se o empresário perder a credibilidade, alguns parlamentares utilizar disso para tentar se inocentar no Conselho de Ética. – Muitos parlamentares estão sendo acusados em cima do seu depoimento. Se ele perder o crédito totalmente esses deputados irão se safar com facilidade – observou. Em entrevista a uma revista semanal, Vedoin envolveu, além de Nogueira, o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), e Luiz Piauhylino (PSB-PE) e José Múcio (PTB-PE) nas denúncias de compra superfaturada de ambulâncias. Logo depois Vedoin, enviou carta à CPI desmentindo as declarações. O presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que pretende conversar com o juiz Jefferson Scheineder do Mato Grosso, que tomou o primeiro depoimento de Vedoin. – Acho que tem que chamar Vedoin e perguntar se ele tem mais alguma coisa para falar – disse Biscaia. O Conselho de Ética do Senado quer ouvir o empresário na semana que vem. Na ocasião, a CPI poderá montar uma comissão para prestar esclarecimentos com Vedoin. AGÊNCIA BRASILGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.