| 31/08/2006 22h54min
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou, nesta quinta-feira, uma senha que será inserida no programa utilizado pelas urnas eletrônicas. Esse código serve, segundo o TSE, como segurança de que o programa não será modificado. Qualquer alteração seria percebida na assinatura digital.
Alguns especialistas em computação acreditam que a assinatura eletrônica não é suficiente para garantir a segurança do sistema. Segundo esses técnicos, a principal forma de aperfeiçoar a urna eletrônica seria a impressão de um comprovante do voto. O papel seria depositado em outra urna, o que permitiria conferir a votação nos dois sistemas.
— Fazendo as duas votações, há uma forma de conferir o sistema impresso com o eletrônico — defende Amílcar Brunazo, engenheiro especializado em segurança de dados e representante técnico do PDT.
O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio, rebateu críticas e afirmou que o sistema é totalmente seguro.
— Se ventila que pode haver deficiências no sistema, mas não se indica com precisão que deficiências são estas. Nós devemos presumir o que normalmente ocorre, não o excepcional. Não que todos sejam salafrários; existem homens de bem — afirmou.
Marco Aurélio considera o sistema "repleto de êxito". Segundo ele, desde 1996, quando as urnas eletrônicas foram usadas pela primeira vez, não houve uma única impugnação com indícios concretos de irregularidades.
O programa de computador que fará a urna eletrônica funcionar será finalizado até o próximo dia 8, quando será enviado para todos os Tribunais Regionais Eleitorais do país. A partir do dia 11, as urnas já começarão a receber os dados dos candidatos, como o nome, o número e a foto.
No total serão utilizadas 400 mil urnas eletrônicas em todos os municípios do Brasil. Outras 30 mil ficarão de reserva, caso algum equipamento tenha de ser substituído.
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