| 01/09/2006 11h30min
A Controladoria Geral da União (CGU) descobriu outra quadrilha sanguessuga que operava em Santa Catarina. Chefiada pela empresa Domansky, o grupo de empresas atuou em pelo menos quatro municípios do Estado.
Ao investigar 3.048 prestações de contas de convênios efetuados entre 2000 e 2005 em municípios de todo Brasil, a CGU identificou a existência de empresas que trabalhavam de maneira semelhante à Planam, empresa-mãe do esquema de compra superfaturada de ambulâncias. O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, encaminhou os documentos à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, que já deram início às investigações.
As irregularidades em território catarinense foram detectadas em quatro processos de licitações nos municípios de Alfredo Wagner, Araquari, Herval d'Oeste e Pouso Redondo. Em todo país, o grupo comandado pela Domansky venceu cerca de 200 licitações em 160 municípios, a maioria deles no Paraná, onde os tentáculos do esquema se estenderam por 37 cidades.
O grupo Domansky seria formado por no mínimo cinco empresas. A exemplo da Planam, essa organização participava das licitações com a ajuda de empresas laranjas que tinham como sócios membros da mesma família. Segundo os técnicos da CGU, elas apresentavam propostas combinadas para licitações dirigidas.
O esquema montado pela Domansky teria sido precursor da máfia das ambulâncias, que resultou no pedido de cassação de 70 parlamentares pela CPI das Sanguessugas. A própria Planam teria usado veículos fornecidos pela Domansky, que atua desde a década de 80 e detém cerca de 15% do mercado brasileiro.
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