Deu o esperado no confronto entre Justine Henin-Hardenne e Lindsay Davenport. Mesmo jogando na casa da adversária e contra a torcida no Arthur Ashe Stadium, a quadra central do complexo Billie Jean King, em Flushing Meadows, a belga mostrou sua força, confirmou a boa forma e derrotou a rival por 2 sets a 0, com duplo 6/4, em uma hora e 28 minutos.

Este foi o sétimo triunfo consecutivo de Henin sobre a adversária. Ela iniciou sua campanha vitoriosa no Aberto da Austrália de 2003, curiosamente após perder cinco vezes seguidas para a norte-americana. Há duas semanas, elas decidiram o título de New Haven e Davenport desistiu no início do segundo set, após levar um 6/0 no primeiro, com dores no pulso.

Henin se classificou para a semifinal do Aberto dos EUA e confirmou o ótimo ano que atravessa. Até agora, não caiu antes desta fase em nenhum dos Grand Slam disputados. Se conseguir outra vitória, chegará à quarta decisão e lutará pelo segundo título, para se igualar à francesa Amélia Mauresmo, que derrotou a belga no Aberto da Austrália e Wimbledon. Henin faturou Roland Garros.

A baixinha tenta confirmar a volta por cima depois de uma queda de produção em 2004 e 2005, quando enfrentou problemas de saúde e perdeu várias posições no ranking. Campeã do Aberto dos EUA em 2003, luta para retornar ao topo e pode conseguir ainda nesta semana se chegar ao título e se Mauresmo parar na semifinal.

No entanto, deve tomar cuidado com sua próxima rival, a sérvia Jelena Jankovic. Apesar de ela ser a 20ª do mundo, vem em grande forma no torneio, tendo batido as favoritas Nicole Vaidisova (cabeça nove), Svetlana Kuznetsova (seis) e Elena Dementieva (quatro). No confronto direto, uma vitória para a belga, em jogo realizado no saibro e em 2005.

Apesar do tropeço, Davenport não pode desanimar. A tenista apresentou bom tênis novamente após passar mais de seis meses longe das quadras por causa de contusão nas costas. Ela conseguiu bom desempenho na semana anterior, com o vice em New Haven, mas agora confirma que pode voltar ao grupo das dez melhores (é a 11ª).

A tenista de 30 anos sabe que precisa estar no melhor da forma para lutar com as líderes, mas preferiu não fazer previsões em relação ao futuro. Perguntada se havia jogado seu último Aberto dos EUA, a campeã de 1998 se esquivou.

– Não sei, não tenho idéia. 12 meses é muito tempo e obviamente agora não posso dar a resposta.