| 08/09/2006 08h39min
O clube português Gil Vicente estuda recorrer ao Tribunal de Justiça da União Européia para resolver o Caso Mateus, depois de a diretoria receber dos sócios plenos poderes para tratar do assunto.
Mais de 5 mil sócios lotaram na madrugada passada o Pavilhão municipal da cidade de Barcelos. A proposta de plenos poderes foi aprovada sem oposição. Foi uma resposta da torcida local à decisão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) de obrigar o clube a jogar na segunda divisão.
A LPFP adotou a decisão depois de a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) acionar o mecanismo de interesse público para as competições nacionais. A entidade havia recebido uma carta da Fifa exigindo a solução do caso antes do dia 14.
A FPF alegou os danos à imagem internacional, que, afirmou, já afetava até mesmo o Estado português.
O advogado do Gil Vicente, José Luis Cruz Vilaça, anunciou durante a Assembléia Geral a possibilidade de ir ao Tribunal de Justiça da UE para defender seus direitos.
Vilaça afirmou, além disso, que a ação judicial do clube num tribunal ordinário de Lisboa, à margem da Justiça esportiva, se justifica porque o caso não é estritamente esportivo. Ele envolve, na sua opinião, um problema administrativo, o da possível irregularidade na inscrição de um jogador.
A LPFP anunciou em comunicado divulgado ontem que a segunda rodada do Campeonato Português, que começa hoje, terá os jogos Belenenses x Vitória de Setúbal na primeira divisão e Gil Vicente x Feirense na segunda.
O Caso Mateus surgiu quando o Gil Vicente escalou o angolano Mateus, na última temporada, sem a inscrição regulamentar.
A Liga e a Federação consideraram que o Gil Vicente deveria ser rebaixado por recorrer à Justiça civil. O clube conseguiu uma liminar horas antes do início do campeonato.
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