| 17/09/2006 17h05min
Após deter o advogado Gedimar Pereira Passos e o empreiteiro Valdebran Padilha, filiado ao PT, a Polícia Federal investiga quem é o responsável pelo repasse de 1,7 milhão aos dois suspeitos de intermediar a aquisição de um dossiê contra José Serra (PSDB), candidato ao governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa o comando do Palácio do Planalto.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a Polícia Federal recebeu a informação de que um membro do PT paulista teria entregue o dinheiro para Passos. Em depoimento, Gedimar Pereira Passos afirmou que não sabia o nome da pessoa que lhe entregou a quantia.
Ele disse ainda que Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, teria solicitado R$ 20 milhões para preparar o dossiê. O valor teria sido reduzido para R$ 2 milhões. Segundo Passos, o PT e uma revista pagariam a quantia.
Vedoin é acusado de crime de ocultação e venda de provas – uma fita de vídeo, um DVD, uma agenda e várias fotos. Além de Vedoin, o tio dele Paulo Roberto Dalcol Trevisan, foi detido no sábado, em Cuiabá.
As investigações devem ser retomadas na segunda. Delegados da Polícia Federal passaram o final de semana em Cuiabá e São Paulo tomando o depoimento dos quatro presos suspeitas de tentar vender e comprar informações.
Os supostos compradores do material, Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos, agente aposentado da Polícia Federal, estão presos em São Paulo desde sexta-feira.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, os delegados responsáveis pelo caso estudam a possibilidade de transferi-los para Cuiabá, medida que pode facilitar a obtenção de informações a partir do cruzamento dos depoimentos e até mesmo acareação.
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