Roger recuperou seu espaço no time corintiano após a chegada de Emerson Leão e foi um dos destaques na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, na semana passada, pela Copa Sul-americana. Nesta terça, às vésperas de mais um duelo contra o time carioca, o meia explicou que o mau momento que vinha atravessando tem como justificativa o fator psicológico.

– Não estava bem emocionalmente em função de uma lesão grave no tornozelo e, a 20 dias de voltar a jogar, contrataram um jogador para a minha posição, o Ricardinho. Acharia que não voltaria no mesmo nível e, quando me recuperei e fiquei sem jogar, achava que realmente não estaria mais no mesmo nível – conta.

O jogador reconhece a importância de Leão para sua recuperação, mas não critica seus ex-treinadores.

– Eu não esqueci de jogar futebol e com um treinador me dando confiança as coisas estão voltando ao normal. Nunca deixei de trabalhar mesmo estando numa fase ruim, sem ser escalado por outros treinadores, e sabia que minha hora ia chegar. Nunca quis passar por cima de ninguém, nunca questionei por ficar de fora até porque os técnicos tinham razão, pois eu não estava bem – diz.

Questionado sobre ser chamado de “chinelinho”, termo usado para designar jogadores que alegam problemas físicos para ficar sem jogar, Roger garante que não ficou abalado.

– Não leio jornal, não escuto rádio e nem a torcida. Se alguém criticou com relação a isso, criticou também o departamento médico. Nenhum médico aqui é irresponsável – disse.

Roger afirmou que ele tem consciência do que pode render em campo e que procura se auto-avaliar com freqüência.

– Como eu não escuto críticas, também não escuto elogios, pois sei que aqui é supervalorizado isso. Os comentários são exagerados tanto na derrota quanto na vitória. Eu sou meu maior critico, sei quando não estou bem e, às vezes, até descarrego nas pessoas que eu amo. É bom ter uma auto-análise para procurar melhorar – finaliza.

GAZETA PRESS