| 20/09/2006 22h32min
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), considerou apenas paliativa a decisão do PT de afastar os coordenadores da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente e do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo. Para Tasso, o PT tem de explicar de onde vieram os R$ 1,7 milhão apreendidos na semana passada pela Polícia Federal com dois petistas que planejavam comprar o Dossiê Cuiabá, que envolveria políticos tucanos com a máfia das ambulâncias.
– Eu acho pouco. O que nós queremos saber é quem era o dono e de onde veio o dinheiro. Se o dinheiro era ilegal ou ilícito. Isso é fundamental. Com certeza tem muito mais gente envolvida nisso. A atitude tomada pelo PT é paliativa. Afastar não é nada. Muita gente que foi afastada está voltando e sendo eleita. Queremos saber de onde veio esse dinheiro, se era dinheiro ilegal da campanha – cobrou Tasso.
Sobre as cobranças feitas por Mercadante para que o conteúdo do dossiê também seja investigado, Tasso disse que concorda, mas aponta outros fatos que considera mais graves:
– Tudo tem de ser investigado. Mas hoje temos uma coisa mais grave. É o presidente da República, através de pessoas de sua maior proximidade como o seu segurança pessoal e o seu churrasqueiro, estarem envolvidos nesse escândalo e portando R$ 1,7 milhão ilegais. Essa é a questão que abala as bases legais da sociedade.
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