| 22/09/2006 00h16min
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a candidatura à reeleição do deputado federal Reinaldo Gripp (PL-RJ), investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) das Sanguessugas e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação na venda de emendas para a chamada máfia das ambulâncias. O julgamento durou 31 segundos. O registro de Gripp e de outros três parlamentares supostamente envolvidos no caso dos sanguessugas havia sido negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
Os ministros reafirmaram entendimento, firmado no julgamento da candidatura a deputado federal do presidente do Vasco, Eurico Miranda (PP-RJ), de que é preciso sentença condenatória transitada em julgado para que o candidato torne-se inelegível. Por enquanto, Grip está apenas sob investigação.
Já chegaram ao TSE e aguardam julgamentos recursos dos outros 3 parlamentares cariocas supostamente envolvidos na máfia das ambulâncias e que tiveram
seus registros negados pelo
tribunal regional Eleitoral do Rio de janeiro: o deputado federal Paulo Baltazar (PSB), Elaine Costa (PL) e Fernando Gonçalves (PTB). O tribunal do Rio negou as candidaturas levando em conta "a conduta reprovável e de atos de improbidade administrativa dos dois candidatos, além do interesse da moralidade e da própria ordem pública". A decisão teve como base pedido do Ministério Público Eleitoral no Rio de Janeiro, que levou ao conhecimento do tribunal o relatório parcial da CPMI dos Sanguessugas.
O TSE deve julgar, ainda, recursos do Ministério Público do Mato Grosso contra a autorização de candidatura, pelo TRE do Mato Grosso, de parlamentares também supostamente envolvidos no caso dos sanguessugas. O MP tenta cassar as candidaturas de cinco parlamentares citados no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas: os deputados federais Ricarte de Freitas (PTB-MT), Pedro Henry (PP-MT), Celcita Pinheiro (PFL-MT) e Wellington Fagundes
(PL-MT), além
da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que é candidata ao governo do estado.
Também foi pedida a cassação do ex-senador Carlos Bezerra, citado pela CPI e que concorre a uma vaga de deputado federal pelo PMDB-MT, e do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que ficou fora do relatório final, mas foi citado em investigações da CPI. O Ministério Público pede, ainda, o cancelamento das candidaturas de dois deputados estaduais que buscam reeleição: José Riva (PP) e Humberto Bosaipo (PFL), além de Fábio Martins Junqueira (PFL), que concorre a federal. O ex-deputado estadual Emanuel Pinheiro, que tenta uma vaga na Assembléia Legislativa pelo PL, também foi impugnado pelo Ministério Público.
De todos os casos do Mato Grosso, apenas o recurso referente á candidatura de Celcita Pinheiro já chegou ao TSE.
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