| 19/08/2002 18h05min
Bem sucedido. Assim o presidente Fernando Henrique classificou os encontros que teve nesta segunda-feira, 19 de agosto, com os principais candidato à Presidência da República – Ciro Gomes (PPS), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Anthony Garotinho (PSB) e José Serra (PSDB). O presidente informou que a posição de todos os candidatos em relação o acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi de compreensão. Segundo ele, todos os presidenciáveis, apesar de opiniões diferentes, foram sensatos e concordaram sobre a necessidade de um acordo de transição.
– Estamos em época de campanha e cada candidato tem uma posição. Mas no essencial, todos foram sensatos.
FH disse que Lula prometeu manter o superávit primário e se comprometeu a dar continuidade ao acordo com o Fundo caso seja eleito. O presidente considerou os encontros como uma prova de maturidade tanto do govreno quanto de seus possíveis sucessores.
Ele descartou as especualações de que algum encontro tenha sido marcado pela tensão e garantiu que todas as reuniões foram tranqüilas e que todas as palavra dirigidas aos candidatos foram de respeito.
– Não houve nem de leve tensão. Agora, foi uma conversa séria porque o assunto é sério .
Fernando Henrique informou que pediu ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, e ao presidente do Banco Central, Armínio Fraga, que dessem todos os detalhes das negociações do Brasil com o FMI, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento, "para mostrar que este governo está preocupado com o bem do país e não apenas com os próprios interessses".
FH aproveitou a entrevista coletiva, concedida após os encontros, para defender o pacto com o FMI. Ele alegou que o acordo foi feito nas melhores condições possíveis e ao aceitar a proposta, o Fundo mostrou confiança na política econômica brasileira.
O presidente observou ainda que o atual governo, que vai até o final do ano, manterá a economia sob controle, honrará todos os compromissos e que o acordo com FMI possibilitará ao próximo governante condições favoráveis para governar. Ele lembrou ainda que não há no acordo nenhuma exigência além do que foi aprovado pelo Congresso e que este é um acordo financeiro que beneficiará o Brasil.
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