| 23/09/2006 19h48min
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse neste sábado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve muita tolerância da oposição e que, por muito menos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello sofreu o impeachment. Alckmin acusou o governo Lula de ser autoritário e criticou a Polícia Federal pelo atraso no desfecho das investigações sobre a tentativa de petistas de comprar um dossiê contra os tucanos.
– Há uma corrosão de credibilidade no que o Lula fala. Ao contrário, houve muita tolerância porque, por muito menos, o Collor caiu. Ele (Lula) não pode querer impunidade, porque esta é a mãe da corrupção. Não é possível chamar de meninos quem cometeu crimes. Até hoje não explicaram de onde veio o dólar, como entrou no Brasil. Certamente foi de forma ilegal. Quem é o dono? As pessoas que foram presas são bagrinhos. Nada foi explicado e, em vez de explicar, foram pegos com a boca na botija, aí vem com bobagem de golpe – disse, referindo-se à declaração de Lula de que a oposição está sendo golpista.
Alckmin foi neste sábado à Cidade de Deus, onde recebeu dos rappers MV Bill e Nega Gizza, dois dos fundadores da Central Única de Favelas (Cufa), uma carta com reivindicações de projetos para a juventude das comunidades carentes. Na sede da Cufa, Alckmin assistiu a apresentações de teatro e de dança de rua, ofereceu um boné a MV Bill com a inscrição “Tamu junto e misturado” e disse que estava vivendo o momento de maior emoção de sua campanha:
– Estamos encerrando essa caminhada cívica, percorri os 27 Estados e hoje aqui, Cidade de Deus, na Cufa, é o momento de maior emoção, de esperança e confiança de que o Brasil vai melhorar. Quero voltar aqui como presidente de vocês – disse Alckmin, que caminhou pela comunidade com o prefeito Cesar Maia e a candidata do PPS ao governo do Rio, Denise Frossard.
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