| 24/09/2006 15h15min
O paulista Ricardo Mello entrou na sala de coletivas da Expominas da mesma forma que se apresentou durante a partida deste domingo, contra o sueco Robin Soderling: desanimado. Nos poucos minutos que conversou com a imprensa em Belo Horizonte, o tenista de Campinas (SP) não escondeu sua decepção e garantiu ter vivido neste domingo um dos momentos mais dolorosos de sua carreira.
– Não foi mesmo dos melhores dias. Mas não quero sair daqui dessa forma. Se tiver um quinto jogo vou estar preparado e quero jogar. Vou entrar com vontade ainda maior para enfrentar o (Andreas) Vinciguerra – disse o brasileiro, contando com a possibilidade de que o duelo empate em 2 a 2.
Neste caso, entraria para decidir a classificação brasileira contra o adversário que perdeu para Flávio Saretta no sábado.
Falando baixo e pouco, o ex-número 50 do mundo comentou sobre sua atuação e deixou os méritos da vitória nas mãos do sueco. Ele admitiu que tentou de tudo – mudanças de tática, bolas altas, fundas –, que recebeu indicações do capitão Fernando Meligeni, mas que simplesmente não conseguiu se impor diante dos potentes golpes do adversário.
– O começo foi o diferencial. Mas ele é um cara que joga dois metros atrás da linha, bate fundo, reto e dá winners de todo os lados. Fiz de tudo possível, mas não fiquei confortável na quadra. Eu tentava voltar, mas ele fechou as portas e fez com que eu perdesse com essa facilidade – explicou.
– O Meligeni me pediu uma mudança radical, que recebesse o saque a três, quatro metros atrás da linha. Mas ele estava com bola muito alta, funda, o saque batia e subia e sempre estava pressionando, comigo na defensiva – contou.
– Poderia ter sido diferente se eu tivesse jogado desde o começo como no terceiro set. Estava mais solto – acrescentou.
Ainda sobre o capitão, Mello se mostrou à vontade para elogiar sua atitude. Mesmo em situação adversa e bastante diferente do sábado, quando chegou até mesmo a puxar coro para que os torcedores apoiassem Saretta, Meligeni se manteve sempre ao lado do jogador, na tentativa de modificar e elevar seu moral.
– Eu gosto muito dele, porque lida com cada um de forma diferente. Tem estilos diferentes de dar bronca, às vezes chega no canto e fala. Mas não é só bonzinho também. Ele fala bastante quando precisa, fala o que a gente precisa ouvir – falou o tenista, que voltou à quadra em seguida para acompanhar a partida de duplas, que coloca um dos países à frente no confronto da repescagem.
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