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Os presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e do Uruguai, Jorge Battle, firma nesta quarta, 21 de agosto, em Montevidéu, um acordo que beneficiará cerca de 500 mil brasileiros e uruguaios que vivem na fronteira entre os dois países. O documento possibilitará aos cidadãos das duas nações acesso aos serviços de saúde e educação, bem como o direito de trabalhar legalmente. O ato de cooperação bilateral terá validade para brasileiros e uruguaios que morem em uma faixa territorial de 50 quilômetros para cada lado da região fronteiriça.
Nos últimos anos, questões de segurança acarretaram a exigência de documentos de identificação, e o o livre acesso das pessoas se viu prejudicado.
Com a confirmação do acordo, o Brasil se comprometeu a doar R$ 580 mil em remédios ao Uruguai. Dez kits de farmácia básica, com 33 tipos de medicamentos em cada, foram levados junto da comitiva federal.
Ao discursar no Congresso Nacional do Uruguai, FH voltou a criticar o mercado, responsabilizando a ação dos especuladores pelas crises econômicas que atingem os países em desenvolvimento.
– O mercado talvez jamais tenha se comportado de forma tão contrária a seus próprios interesses, ignorando os fundamentos econômicos e gerando falsas expectativas. Mas os surtos de insensatez costumam ter fôlego curto. Terminam prevalecendo as oportunidades reais de comércio e investimentos – afirmou.
O presidente brasileiro disse acreditar que as mudanças cambiais recentes na Argentina e no Uruguai permitirão retomar a idéia de uma integração monetária no Mercado Comum do Sul (Mercosul). A retomada da unificação monetária no Mercosul havia sido mencionada recentemente, em tom de ironia, pelo ex-presidente argentino Carlos Menem.
– Agora, quase por casualidade, as moedas se colocaram em um certo alinhamento no Brasil, no Uruguai e na Argentina. Esse alinhamento pode fazer com que sonhemos outra vez com a moeda comum. Mas não para amanhã – adiantou.
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