Tanques e helicópteros israelenses ocuparam na madrugada de quarta-feira, dia 21, o campo de refugiados de Khan Younis, na Faixa de Gaza. Um palestino foi morto quando sua casa foi destruída. No domingo passado, dia 18, Israel assinou um acordo com os palestinos prometendo se retirar de várias áreas da Faixa de Gaza, o que é considerado um teste para uma trégua mais ampla. A incursão se segue ao ataque a tiros contra um soldado que vigiava um assentamento judaico nos arredores.

Segundo fontes palestinas, pelo menos 20 blindados participaram da operação. Com megafones, os soldados mandavam que todos os moradores deixassem suas casas. O Exército disse que as duas casas destruídas estavam vazias e serviam "de abrigo e base de disparo dos terroristas.'' Mas a explosão provocada em um dos edifícios acabou provocando a destruição de casas vizinhas, o que matou uma pessoa e feriu seis. 

De acordo com o ministro israelense da Defesa, Binyamin Ben-Eliezer, a ação está dentro dos termos do acordo em que Israel se compromete a liberar a cidade de Belém (Cisjordânia) e partes da Faixa de Gaza em troca de segurança.

– Repeti nos termos mais duros que se eles não pegarem a situação em suas mãos e acabarem com o disparo de morteiros, nós mesmos vamos fazer isso – afirmou ele à Rádio do Exército.

A porta-voz militar Ruth Yaron disse que em Belém a situação de tranqüilidade permitiu a retirada, mas que na faixa de Gaza "não há sinais de tentativa de preservar a calma'' (por parte dos palestinos). O novo acordo de segurança, o primeiro em vários meses, já enfrenta seu primeiro teste, com a morte de Mohammed Saadat, irmão de um líder da Frente Popular de Libertação da Palestina, em Ramallah. Israel disse que ele foi abatido quando reagiu à prisão, para a qual seria levado por sua suposta atividade de militante. A FPLP ameaçou praticar atentados em retaliação contra a morte de Saadat. As informações são da agência Reuters.