| 21/08/2002 16h43min
Em uma quarta-feira na qual o mercado apresentou sinais positivos ao anúncio de manutenção da taxa básica de juros (Selic) da economia a 18% ao ano com adoção de viés de baixa, o dólar apresentou recuo pela quarta sessão seguida. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,080 para a compra e a R$ 3,085 para a venda, uma baixa de 0,48% em relação ao fechamento do dia anterior.
Agora, a desvalorização do dólar acumulada no mês soma 11,09%.
A abertura desta manhã ocorreu sob o refugo da notícia, divulgada no meio da tarde de terça-feira, de que o BC passaria a leiloar na sexta-feira linhas de crédito para bancos que operem com financiamento às exportações. Apesar da reação positiva do mercado, ainda existem dúvidas quanto às taxas que serão cobradas pelo BC sobre as linhas.
A cotação da moeda norte-america se viu "domada" com nova intervenção do Banco Central (BC) no mercado de câmbio. O BC vendeu dólares à vista no fim desta manhã. Segundo operadores, as cotações teriam sido pressionadas durante pela compra de uma grande quantidade de dólares, realizada por um banco em nome de um empresa do setor elétrico.
Embora tenha suspendido, na última semana, a política das "rações diárias'' – venda rotineira de pequenas quantidades de dólares ao mercado a fim de diminuir a pressão sobre as cotações – o banco mantém influência sobre o câmbio em quase todos os dias.
Não se pode deixar de contar também a decisão do Copom em manter a taxa referencial de juros nos atuais 18%. O mercado esperava, em sua maioria, a manutenção dos juros, mas havia uma parcela dos analistas que apostava na redução dos juros. O Copom citou "as incertezas na economia", que aumentaram desde sua última reunião, para manter a taxa.
Os juros são usados pelo governo para controlar a inflação e o câmbio. Juros altos encarecem o crédito e inibem a produção e o consumo, contendo a pressão sobre a inflação, além de tornar mais atrativos os rendimentos dos títulos da dívida pública, evitando que os investidores migrem para o câmbio. Por outro lado, os juros altos inflam a dívida pública.
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