| 28/09/2006 13h17min
O empresário Luiz Antônio Vedoin está prestando nesta quinta-feira mais um depoimento na Polícia Federal de Cuiabá sobre o esquema de compra superfaturada de ambulâncias. Ele é acusado de ser o chefe do esquema de venda de ambulâncias superfaturadas com emendas do Orçamento da União, que ficou conhecido como a máfia dos sanguessugas. Vedoin é acusado ainda de ter negociado com petistas a venda de um dossiê contra candidatos tucanos.
Vedoin já tinha sido ouvido ontem em Cuiabá por três delegados da PF de Brasília. A força-tarefa está na capital mato-grossense para ouvi-lo nos processos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF) contra parlamentares. Ele reafirmou as acusações contra os parlamentares. Em depoimento à PF, à CPI dos Sanguessugas e à Justiça, Vedoin relatou ter dado propina a dezenas de congressistas em troca do direcionamento de emendas parlamentares. Contra muitos, ele apresentou provas. Segundo a assessoria de imprensa da PF, os três delegados devem ficar até sábado ouvindo Luiz Antônio, seu pai Darci Vedoin e a ex-assessora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, também presa durante a Operação Sanguessuga. Ao todo, 82 deputados federais e dois senadores respondem a processo no STF por em razão do foro privilegiado. Nesta fase, os Vedoin e Maria da Penha serão ouvidos em apenas 24 processos. – Eles estão reafirmando o que sempre disseram no início das investigações –, disse o advogado Elói Ricardo Reffatti, que acompanha as audiências. A PF não divulgou os nomes dos parlamentares em cujos processos Vedoin foi ouvido. O motivo, de acordo com a assessoria de imprensa, é o segredo de Justiça decretado nas investigações. A PF também quer evitar uso político nas vésperas da eleição, já que muitos dos investigados concorrem à reeleição. AGÊNCIA GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.