| 01/10/2006 20h41min
Pedro Jorge Simon vai para mais um mandato como senador. O advogado e professor universitário vai para o quarto mandato no Senado, o terceiro consecutivo. Com a reeleição, Simon poderá completar 24 na Casa.
Nascido em janeiro de 1930, Simon entrou para a vida pública 30 anos depois, como vereador em Caxias do Sul, pelo PTB, partido extinto com a criação do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e da Aliança Renovadora Nacional (Arena), únicas legendas
oficiais durante o bipartidarismo instituído
à época da ditadura militar no país. A partir de 1962 e por 16 anos, o gaúcho cumpriu mandato de deputado estadual. Em 1978, Simon foi eleito pela primeira vez para o cargo de senador, para o período de 1979 a 1987. No fim do mandato, nos anos de 1985 e 1986, o político foi ministro da Agricultura do governo de José Sarney. Em 1986, venceu a disputa para o Palácio Piratini, onde ficou até 1990. Em 1991, voltou a Brasília para compor a bancada do Senado e de lá não saiu mais.
Simon participou, em janeiro de 1980, do nascimento do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), legenda fundada a partir do MDB. Em 1983, Simon tornou-se um dos coordenadores peemedebistas do Diretas Já, movimento que propunha eleições diretas para a Presidência da República. O objetivo do movimento viria a se concretizar somente seis anos depois, com a eleição de Fernando Collor de Mello.
Durante a campanha deste ano, a duração do mandato de Simon no Senado foi alvo de críticas de seus opositores. Em debate na TVCOM no dia 14 de setembro, Miguel Rossetto (PT) afirmou que a permanência do candidato do PMDB no Senado havia provocado um esgotamento e um esvaziamento da representação da bancada gaúcha na Casa. Nélson Vasconcelos, do PV, chegou a chamar ironicamente Simon de “senador honorário e perpétuo”.
Desde o início da campanha, as pesquisas já indicavam a vitória de Simon, embora o seu desempenho tenha decaído. O segundo colocado, Rossetto, cresceu no decorrer dos últimos meses, mas não chegou a ameaçar o favoritismo de Simon. Simon também foi o candidato com a maior rejeição entre os seus oponentes. O último levantamento do instituto Ibope para o Senado indicava que Simon tinha 20% de rejeição, contra 14% de Rossetto.
Quando eleito em 1991, Simon recebeu pouco mais de 1,5 milhão de votos. Já em 1999, o candidato foi escolhido por mais de 2,4 milhões de gaúchos, ou 42,6% do eleitorado.
Casado com Ivete Fülber Simon, Pedro é pai de quatro filhos: Tiago, Tomaz, Mateus, já falecido, e Pedro.
Confira números completos de resultados no site de apuração.
O mapa do poder no Brasil
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.