| 04/10/2006 08h56min
O Comitê de Segurança Esportiva da província de Buenos Aires (Coprosede) informou na noite desta terça às autoridades do futebol argentino que a polícia não prestará serviços a clubes cujos torcedores provoquem violência, e a Associação do Futebol (AFA) admite suspender os próximos jogos.
O secretário da AFA, José Luis Meizsner, disse que a resposta da entidade será enviada ao Comitê de Segurança nas próximas horas. Mas já reconheceu que, se as autoridades não podem garantir a segurança, então não é possível organizar jogos de futebol.
– Se o mais conveniente é parar a atividade para evitar novos casos de violência, a AFA não terá problemas para suspender os torneios – disse.
– A AFA e os clubes filiados estão muito preocupados e dispostos a colaborar para erradicar a violência. Falamos com humildade porque não somos especialistas em segurança. Mas também devemos agir com responsabilidade para não lamentar mais atos violentos em nosso futebol – declarou o dirigente.
Ele opinou que, se o futebol for suspenso na província de Buenos Aires, o mesmo deve acontecer em todo o país.
A AFA suspendeu na noite desta terça por seis meses como membro do Comitê Executivo o presidente do Gimnasia y Esgrima La Plata, Juan José Muñoz, que no dia 10 de setembro ameaçou um árbitro, o que levou à suspensão do jogo entre sua equipe e o Boca Juniors, pela sexta rodada do Torneio Apertura.
O sindicato dos jogadores pediu à AFA que as equipes cujos torcedores provoquem violência não percam pontos. A entidade sugere outras formas de punição.
O governador da província de Buenos Aires, Felipe Solá, sugeriu nesta terça a redução de pontos como fórmula para erradicar a violência. Mas a AFA se nega adotar a medida.
Três partidas da Primeira Divisão estão suspensas por causa da violência. Nas categorias inferiores, vários jogos serão disputados sem público no próximo fim de semana, porque os torcedores dos clubes envolvidos provocaram distúrbios nas últimas rodadas.
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