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 | 05/10/2006 21h55min

PF diz à Justiça que operadora Claro atrasa apuração sobre dossiê

Trabalho de cruzamento de dados sobre quebras de sigilo está paralisado

A Polícia Federal informou nesta quinta-feira à Justiça Federal que a operadora de telefonia celular Claro ainda não prestou as informações solicitadas depois que a quebra do sigilo telefônico de Hamilton Lacerda, ex-assessor da campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, foi autorizada na última sexta-feira. Na avaliação dos investigadores, o atraso no envio dos dados prejudica as investigações sobre a origem do R$ 1,7 milhão que seria entregue pelos petistas ao empresário Luiz Antônio Vedoin em troca do dossiê que supostamente envolveria tucanos com a máfia das ambulâncias.

Ao receber as informações da PF, o juiz Jeferson Schneider, informou que tomaria providências sobre o assunto. A PF enviou o pedido de informações sobre os extratos telefônicos de Lacerda, junto com pedidos de informação sobre outras três quebras de sigilo e 13 cadastros de assinantes na sexta-feira. Na decisão, o juiz que autorizou a quebra do sigilo determinou urgência e o fornecimento das informações no menor prazo possível. Normalmente, segundo os investigadores do caso, as operadoras fornecem este tipo de informação em um ou dois dias.

Neste caso, entretanto, a Claro não respondeu ao pedido da PF e pediu mais 10 dias de prazo para remeter os dados. Por conta disso, está paralisado o trabalho de cruzamento dos dados sobre as quebras de sigilo bancário e das pessoas que conversaram com Lacerda ao telefone, que poderiam indicar de onde veio o dinheiro entregue a Gedimar pelo petista paulista.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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