Na Seleção Brasileira, desde que Dunga assumiu, os jogadores voltaram a dividir os apartamentos nos hotéis por onde a delegação passa. As duplas, escolhidas de acordo com vários critérios, que vão da maior afinidade a ocupantes da mesma posição, estão se repetindo desde o primeiro amistoso, contra a Noruega, em agosto, sob o comando da nova comissão técnica.

– Os jogadores ficavam isolados em seus apartamentos, estavam conversando pela internet. Acho que a convivência é fundamental para a formação de um grupo. Ocupando o mesmo quarto, os jogadores podem trocar idéias, falar de suas experiências, enfim, conversarem de verdade, como amigos – explica Dunga.

Os zagueiros Lúcio e Juan dividem o mesmo apartamento. O mesmo acontece com Luisão e Alex. Os goleiros Gomes e Helton foram companheiros de apartamento nos hotéis Marina, no Kuwait, e agora são novamente parceiros no Grande Hotel, em Estocolmo, assim como o consagrado Ronaldinho e o novato Lucas.

– Na Seleção Brasileira, em que está se pregando o princípio da igualdade, em que a estrela maior é a própria Seleção, todos os jogadores são importantes, tanto um jogador consagrado, já pentacampeão do mundo, como um novato, como o Lucas – disse o supervisor Américo Faria.

Lucas não consegue esconder a admiração por Ronaldinho, jogador que até pouco tempo era seu ídolo, e que começou a carreira no mesmo Grêmio onde ele vem se destacando a ponto de ser convocado pela primeira vez.

Os atacantes Fred e Rafael Sobis disputam a preferência de Dunga por um lugar no ataque da Seleção Brasileira, assim como Gomes e Helton, estes pela camisa número 1. E ocupam o mesmo apartamento nessa viagem ao Kuwait e Estocolmo.

– Esse é um dos aspectos que foram levados em consideração na escolha das duplas. A convivência cria uma disputa saudável pela posição – explica o supervisor Americo Faria, que juntamente com o administrador Guilherme Ribeiro é o responsável pela divisão dos jogadores nos apartamentos.