Demonstrando satisfação com a sua própria performance no debate deste domingo na TV Bandeirantes, o candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, disse não considerar que tenha adotado um tom agressivo contra Luiz Inácio Lula da Silva. Na porta do comitê, onde deu uma rápida entrevista na tarde desta segunda-feira, Alckmin disse que ficou com a consciência tranqüila.

– O tom não foi agressivo. Estou absolutamente zen. Inclusive dormi tranqüilo, estou com a consciência tranqüila – disse Alckmin, para quem o seu comportamento foi apenas uma tradução "da indignação do povo".

Ainda sobre o seu desempenho, o candidato alegou que fez questão de debater com Lula toda a "mentirada" que tem sido lançada contra a sua candidatura nas últimas semanas.

– O Lula não pode achar que é normal essa mentirada toda que ele fala pelas costas. Eu falo a verdade e frente-a-frente – afirma.

Embora tenha pautado boa parte do debate com temas que levavam à discussão sobre ética e corrupção, Alckmin disse que a questão central para o segundo turno deve ser um projeto de desenvolvimento para o país, com base na geração de emprego, renda e trabalho.

No entanto, o tucano retomou logo em seguida críticas à forma como Lula reagiu no debate da Bandeirantes. Quanto à estratégia do petista em comparar o seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso, Alckmin comentou que Lula está "de olho no passado".

No dia seguinte ao ter citado o ex-ministro José Dirceu como "chefe da quadrilha" do mensalão, o candidato do PSDB não quis comentar sobre a declaração do petista de que pretende processá-lo por calúnia.

AGÊNCIA O GLOBO