| 12/10/2006 07h10min
A Polícia Federal pretende interrogar o senador Aloizio Mercadante (PT), candidato derrotado ao governo de São Paulo, sobre a compra do dossiê contra tucanos que resultou na prisão de dois petistas e na apreensão de R$ 1,7 milhão.
Amanhã, o delegado Diógenes Curado Filho, que responde pelo inquérito sobre a compra dos documentos, vai ouvir o empresário Abel Pereira em São Paulo. Abel é acusado por Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia das sanguessugas, de ser o intermediário entre a quadrilha e o Ministério da Saúde, durante a gestão do tucano Barjas Negri, no final de 2002.
O depoimento de Mercadante ainda não tem data marcada. A polícia estuda o melhor momento. Um policial que acompanha as investigações, e que pediu para não ser identificado, disse que "mais cedo ou mais tarde" o senador será ouvido porque, em tese, o maior beneficiário do dossiê contra o tucano José Serra seria o petista.
Além disso, Hamilton Lacerda, que foi flagrado pelas câmeras
de um hotel em São Paulo com malas
que a PF acredita serem as que estavam com o dinheiro, era um dos coordenadores da campanha de Mercadante e funcionário de seu gabinete.
Mercadante se mostrou surpreso com o possível convite para depor. Ele afirmou que, antes do primeiro turno das eleições, também se cogitou na possibilidade de ele ser ouvido pela PF, o que lhe teria causado prejuízo eleitoral. Mas informou que, se convocado, falará:
- Estou à disposição porque sou um homem público. Ninguém mais do que eu tem interesse que isso tudo se esclareça o mais brevemente possível.
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