| 26/08/2002 07h15min
Dez anos depois da Eco 92, realizada no Rio de Janeiro, começa nesta segunda-feira, dia 26, na cidade sul-africana de Johannesburgo a Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, também chamada de Cúpula da Terra ou Rio+10. O encontro tentará estabelecer medidas concretas de combate à pobreza, às doenças e à fome sem danificar os ecossistemas. O receio é que as discussões se concentrem no tema pobreza e deixem de lado o ambiente. Participam do encontro mais de 50 mil delegados de todo o mundo.
Sábado, dia 24, antecipando as discussões que começam oficialmente às 10h30min desta segunda e prosseguem até o dia 4, lideranças passaram o dia tratando da versão final do plano de implementação da Agenda 21, documento definido no Rio. Um dos pontos de conflito diz respeito às leis trabalhistas. O parágrafo que prevê mais recursos para programas de geração de emprego desde que os contratos sigam padrões da Organização Internacional do Trabalho foi contestado pelo G-77, bloco de mais de 100 países em desenvolvimento do qual participa o Brasil – que disse não concordar com a posição.
Mesmo assim, o secretário-geral da cúpula, Nitin Desai, diz acreditar que ao final do encontro se saiba concretamente os benefícios dos compromissos recém-firmados. Autoridades mundiais, no entanto, têm tentado reduzir as expectativas quanto a benefícios concretos e imediatos provenientes da reunião, explicando que esse é um longo processo, tanto de construção de consenso em torno de compromissos quanto de pressão social pelo seu cumprimento.
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