| 16/10/2006 18h28min
O Diretório Nacional do PDT anunciou no início da noite desta segunda-feira que nem Geraldo Alckmin (PSDB), nem o candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderão contar com o apoio do partido na corrida para o segundo turno das eleições presidenciais.
Ao abrir a reunião da votação, o presidente Carlos Lupi manifestou sua opinião de que o partido não deveria apoiar nenhum dos candidatos, para preservar-se como instituição. Participaram da reunião cerca de 300 membros, representando os 26 estados e o Distrito Federal. De acordo com Lupi, nem Lula, nem Alckmim atendem aos compromissos do PDT, como a luta pela educação como pressuposto para o desenvolvimento autêntico.
Lupi ainda anunciou que o voto dele, o do senador Cristovam Buarque e do secretário nacional, Manoel Dias, serão secretos e não serão revelados, e que nenhum membro do partido está autorizado a usar a marca e a legenda do PDT para fazer qualquer compromisso.
Lula e Alckmin mandaram, na última quarta-feira, cartas ao presidente do PDT assumindo compromissos com o partido. Lula dizia compartilhar "as grandes orientações que o PDT expõe em sua nota, com especial ênfase para as questões relacionadas com a ordem econômica e na defesa dos direitos dos trabalhadores. Igualmente têm meu apoio os pontos relacionados à ordem ética e política e às questões educacionais que são prioritárias em meu Programa de Governo."
Alckmin também se comprometeu com a preocupação do PDT em relação à educação e negou intenção de privatizar empresas e bancos estatais.
– Meu governo manterá sob controle estatal e estimulará os papéis estratégicos que cumprem a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios – dizia o documento tucano.
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