| 17/10/2006 16h59min
A gaúcha Daiane dos Santos entrou novamente bem cotada na disputa do solo no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, disputado na cidade de Aarhus, na Dinamarca. Mas logo em sua primeira apresentação, na segunda-feira, não obteve o desempenho esperado. Após o fim da rodada desta terça, a gaúcha foi superada por outras adversárias, fechou a fase de classificação em sétimo – empatada com a romena Sandra Raluca –, mas garantiu vaga na final do solo. Mesmo com o “sufoco”, ela mostrou estar tranqüila, não se disse decepcionada e garantiu já ter cumprido a meta inicial: ajudar o Brasil a se classificar para o Pré-Olímpico do próximo ano.
– Meu objetivo era competir bem e acho que já fiz isso. Agora, em relação a medalhas, isso depende muito de mim. Se acontecer de outras serem melhores que eu, não posso fazer nada – resumiu.
Campeã mundial no solo em 2003, Daiane não voltou a ter os mesmos resultados nas competições mais importantes que se seguiram, como as Olimpíadas de Atenas-2004 e o Mundial do ano passado, na Austrália, e agora luta para encerrar a falta de boas campanhas. E para isso, a experiente ginasta já sabe o que precisa fazer.
– A primeira série foi normal, acho que fiz minha parte. Agora tenho que cuidar para não cometer os pequenos errinhos – explicou ela, que também apontou a mudança de pontuação na ginástica como motivo para a queda.
– Acho que os juízes estão mais rigorosos neste primeiro mundial com o código novo. E os pequenos erros aumentam as diferenças entre a gente – salientou.
Na final do solo, Daiane terá companhia de outra brasileira, Laís Souza, que confirmou as apostas e obteve ótima classificação geral e vaga em outras duas finais (individual por aparelhos e salto). Em sua primeira aparição no Mundial, já que perdeu o do ano passado por estar contundida, Laís recebeu elogios da companheira.
– Nada mais justo que ela passar para essas finais. Ela vem crescendo e tem amadurecido bastante. Faltava aprender a controlar as emoções e isso só se ganha com essas participações – concluiu a ginasta, que em Aarhus divide o quarto exatamente com Laís.
Já a coordenadora da seleção brasileira de ginástica, Eliane Martins, acompanhou de perto a atuação das meninas na Dinamarca e fez balanço positivo dos resultados obtidos até agora.
– Não esperava tudo isso antes do Mundial. O que aconteceu aqui nos deixou motivado – disse a dirigente.
Martins apontou o nervosismo das ginastas por terem se apresentado logo no início da competição e garantiu que o tempo de descanso e adaptação fará bem a elas. Sobre a final do solo, aposta em evolução tanto de Laís quanto de Daiane e garante que não se surpreenderá se elas trouxerem medalhas para o Brasil.
– A Laís não foi surpresa. Este resultado é expressivo e só mostra sua evolução. Na final, os critérios são os mesmos e as chances aumentam. A Daiane cometeu erros bobos nas acrobacias e pode corrigir tudo isso – garantiu.
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