Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, um dos acusados do assassinato do jornalista Tim Lopes, da TV Globo, negou que tenha atirado contra o jornalista durante depoimento ao juiz Alexandre Abraão, do Primeiro Tribunal do Juri. O depoimento ocorreu na tarde desta quarta-feira, 28 de agosto. Ratinho negou ao juiz estar no dia do crime na favela da Vila Cruzeiro, onde o jornalista foi assassinado. Tim Lopes teria sido vítima de um grupo liderado pelo traficante conhecido como Elias Maluco, único dos acusados ainda foragido. Segundo Ratinho, ele estava em Ipanema, zona sul do Rio, onde moram sua mulher e os filhos.  Cláudio Orlando disse também que não é traficante como o acusam e que trabalha como cobrador de uma kombi. O interrogatório durou cerca de 30 minutos. Os depoimentos das oito testemunhas de acusação, que deveriam ocorrer nesta quarta, foram adiados para a próxima segunda-feira, a pedido do advogado de Ratinho, Paulo Roberto Pedrine Cuzzuol.

Nesta segunda, Ratinho confessou em depoimento informal que matou o repórter da TV Globo. Na conversa com policiais do Serviço Reservado, o criminoso teria dito que se pudesse o mataria de novo. Ratinho disse que reconheceu e executou o jornalista com um tiro na cabeça depois de torturá-lo. Um ano antes, o criminoso fora flagrado por uma microcâmera junto a traficantes do Complexo do Alemão, no Rio, em reportagem de Tim Lopes intitulada Feirão das Drogas. O traficante foi preso nessa segunda pela Polícia Militar do Rio em uma das favelas do Complexo do Alemão.

Entre os quatro principais acusados da morte do jornalista, somente Elias Maluco continua desaparecido – além de Ratinho, outros dois suspeitos morreram em confronto com a polícia no último mês. Com informações da Agência Brasil.