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Durante quatro horas, os quatro principais candidatos a governador do Estado foram sabatinados nesta quarta-feira, 28 de agosto, por representantes das principais entidades ligadas ao setor primário do Rio Grande do Sul que participam da Expointer.
No salão principal da Casa RBS do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, mais de cem pessoas participaram do seminário Rumos da Agropecuária Gaúcha e conheceram as propostas de Germano Rigotto (PMDB), Celso Bernardi (PPB), Tarso Genro (PT) e Antônio Britto (PPS) para o setor.
Cada candidato falou separadamente por cerca de uma hora, respondendo às perguntas e detalhando seus planos de governo para a agricultura. O único partido a levar militantes para o evento foi o PT. Mesmo antes da chegada de Tarso, as bandeiras vermelhas do partido já estavam diante da casa. O candidato petista foi o único a não ser questionado sobre invasões de terra.
Bernardi foi bastante aplaudido pelos produtores rurais ao anunciar que adotará "tolerância zero" com relação às invasões. Rigotto ressaltou que não será conivente com a quebra do direito à propriedade, enquanto Britto considerou essa uma questão política "mal administrada pelo atual governo".
A ordem de participação foi definida por sorteio, sendo que Rigotto foi o primeiro a falar. Para o representante do PMDB, o governo estadual tem a obrigação de fortalecer o setor primário. Seguindo a linha do candidato a presidente de sua preferência, José Serra (PSDB), Rigotto afirmou que utilizará o programa federal Banco da Terra para facilitar o acesso aos que têm vocação agrícola.
Segundo candidato a falar, Bernardi afirmou que sua origem na roça, onde permaneceu até os 15 anos, lhe torna "um homem identificado com o setor". Bernardi foi aplaudido quando se disse favorável à produção de transgênicos e assumiu a responsabilidade de não aumentar impostos para o setor primário.
Tarso deu início a sua fala afirmando que a agropecuária gaúcha tem um papel importante no desenvolvimento econômico e social do país. Reforçou a necessidade de os governantes partirem para uma "exportação agressiva" para desenvolver o setor agrícola. O candidato petista, que não foi aplaudido em nenhum momento de sua participação, ainda sugeriu o retorno a uma política industrial para buscar uma relação de cooperação com outros países, e não de submissão.
Britto encerrou o seminário avisando que o próximo governador do Estado deverá ser um negociador e gerador de um clima político que permita enfrentar os problemas ou se transformará num "produtor de desastres". Comprometeu-se a dar mais atenção às cadeias produtivas e chegou a prometer que, se for eleito, implantará câmaras setoriais já no dia 2 de janeiro de 2003.
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