| 22/10/2006 11h48min
Qualquer que seja o candidato que sair vitorioso das urnas no dia 29, sabe-se que ele terá uma dura tarefa pela frente: articular sua base no Congresso para aprovar um corte de pelo menos R$ 5 bilhões no Orçamento da União de 2007. Segundo o relator do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RR), a proposta encaminhada pelo Executivo tem inconsistências - e um buraco de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões.
No Congresso, a discussão sobre o orçamento só deve começar depois do segundo turno. Enquanto isso, os dois candidatos mostram idéias diferentes para a área. Enquanto Alckmin fala em "choque de gestão", com redução da máquina pública e extinção de ministérios, os coordenadores de campanha de Lula apostam em um ajuste fiscal gradual, que só começaria de fato em 2008. Para equilibrar as contas, os dois candidatos se opõem à reforma da Previdência, hoje a maior fonte de despesas do governo, e que deve atingir 8% do PIB no próximo ano, segundo o economista Fabio Giambiagi.
As despesas correntes já aumentaram R$ 37,8 bilhões em relação a previsão de gastos de 2006, chegando a 17,81% do PIB. Mas, ainda assim, o governo não destinou recursos suficientes para despesas que o relator Valdir Raupp considera essenciais, como as emendas coletivas dos parlamentares – que entram na conta de investimentos – e o ressarcimento aos Estados das perdas com a Lei Kandir. A proposta também não previu a perda de arrecadação – estimada em R$ 5,3 bilhões – por conta da vigência da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que está em fase final de votação no Congresso.
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