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Uma cena estilizada de pugilato no programa de Ciro Gomes causou a perda de um minuto no horário eleitoral gratuito para o candidato da Frente Trabalhista, de acordo com decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira, 30 de agosto, que concedeu direito de resposta para o candidato José Serra da aliança PSDB-PMDB.
O ministro-auxiliar do TSE, Peçanha Martins, entendeu que as cenas de dois pugilistas se enfrentando, com a narração "os golpes baixos acabam aqui. Daqui para a frente, o nível da programação vai subir", agrediram a honra de Serra, por serem injuriosas.
Para o ministro, a equipe de Ciro Gomes aproveitou-se do fato de que o programa de Serra havia sido exibido imediatamente antes do de Ciro, no sábado passado, para fazer a provocação. Essa foi a segunda derrota em menos de 24 horas da campanha de Ciro no TSE. Na noite de quinta-feira, o tribunal suspendeu, por quatro votos a três, a punição que anteriormente determinava a perda em dobro do tempo da propaganda utilizada por Serra para divulgar trecho em que Ciro responde a um ouvinte de uma rádio baiana, chamando-o de burro.
A decisão ficou a cargo do presidente do TSE em exercício, ministro Sepúlveda Pertence, que em seu voto minerva considerou que não houve no programa do candidato tucano a utilização de trucagem na gravação nem nas inserções e, portanto, tratava-se de uma cena verdadeira.
Para o relator do processo, Caputo Bastos, que suspendera o tempo de Serra, a retirada da pergunta, que levou Ciro a chamar o ouvinte de burro, caracterizou o desvirtuamento da realidade dos fatos. Ele e os ministros Luiz Carlos Madeira e Barros Monteiro foram votos vencidos. Já os ministros Peçanha Martins, Carlos Velloso e a ministra Ellen Gracie entenderam que não há problema em um candidato apresentar uma resposta agressiva e infeliz de seu adversário. Com informações da agência Reuters.
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