| 01/11/2006 17h21min
O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse que o trânsito nos aeroportos deve voltar à normalidade “rapidamente”, embora não tenha especificado uma data. Segundo o ministro, há um investimento superior hoje nos gastos com o controle aéreo em relação a governos anteriores.
– A essência da minha preocupação é retomar a normalidade nos aeroportos – disse o ministro.
Pires concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira sobre a crise da aviação no Brasil. De acordo com ele, a intenção no momento é a retomada da normalidade com segurança.
– Há uma tensão que é normal em todos os países do mundo, nós não estávamos preparados para isto – disse o ministro.
O ministro também disse que todas as medidas serão tomadas para atender a população. Segundo ele, nos horários de pico, será organizada uma escala que contemple as aeronaves.
– Quero que as pessoas viagem na medida em que desejem, com segurança. Estamos
fazendo de tudo para que elas possam viajar – afirmou.
Além disso, Waldir Pires revelou que não sabia que os controladores de vôo estavam trabalhando no limite. O ministro acenou para uma redução para a carga de trabalho dos operadores e também para um possível reajuste salarial.
– A notícia que eu tinha era que eles estavam trabalhando normalmente. A jornada estava no limite dos seus deveres – afirmou. Waldir Pires acrescentou que a normalidade do sistema depende do estado emocional dos profissionais.
O ministro disse ainda que controladores aposentados serão capacitados para voltar ao trabalho. Dezoito profissionais se afastaram em Brasília depois do acidente com o avião da Gol.
O ministério da Defesa não descartou estender o horário de funcionamento em outros aeroportos do Brasil, como ocorrerá com Congonhas, em São Paulo.
Segundo o presidente do Sindicado Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, as medidas anunciadas nesta tarde pelo governo não são
suficientes para diminuir o caos nos aeroportos do país.
Botelho esteve reunido com o ministro da Defesa.
O sindicalista reafirmou que o principal problema é a falta de pessoal capacitado e ressaltou que os controladores aposentados precisarão de um longo período de treinamento. Para o sindicalista, o tráfego aéreo nacional também deve sair da esfera militar.
Botelho acrescentou que apenas em 10 dias a situação nos aeroportos deverá melhorar. O sindicato reitera que o remanejo de rotas aumentará o tempo de vôos e o gasto com combustível.
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