Kerim Sadok Chatty, o sueco de origem tunisiana detido na última quinta-feira, dia 29, em Vasteras, a oeste de Estocolmo, ao tentar embarcar em um vôo para Londres com um revólver na bagagem de mão, foi acusado nesta segunda-feira, 2 de setembro, de tentativa de seqüestro e sabotagem de um avião ou aeroporto e de posse ilegal de arma de fogo. O advogado de defesa, Nils Uggla, declarou no tribunal de Vasteras que seu cliente negava todas as acusações, exceto a de posse de arma.

A polícia sueca não acredita que Chatty tenha ligações com a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, mas está investigando outros possíveis vínculos do acusado com atividades terroristas. O promotor Thomas Haggstrom solicitou à corte que se reunisse a portas fechadas com os dois lados para discutir a possibilidade de Chatty, de 29 anos, ser liberado sob pagamento de fiança ou continuar sob custódia das autoridades. A promotoria havia solicitado que Chatty ficasse detido por duas semanas enquanto a polícia investigava o caso.

Em um documento enviado para o tribunal, a promotoria alegou que Chatty era um risco para viagens aéreas, poderia destruir provas e se envolver em outras atividades criminosas. A acusação acrescentou também ter "certas razões especialmente importantes" para pedir a manutenção da prisão do suspeito.

Em setembro de 1996, Chatty viajou aos Estados Unidos para assistir a aulas de pilotagem na North American Institute of Aviation, em Conway, na Carolina do Sul, disse Bob Sunday, o vice-presidente executivo da escola. Chatty matriculou-se em um curso para aprender a pilotar aviões de pequeno porte, como Cessnas ou Pipers, mas foi expulso cerca de sete meses depois por fraco desempenho. Vários dos 19 seqüestradores envolvidos nos atentados de 11 de setembro contra Nova York e Washington fizeram cursos de pilotagem em escolas dos Estados Unidos.

As informações são da Agência Brasil.