| 04/09/2002 18h17min
A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak, declarou nesta quarta, 4 desetembro, que o governo norte-americano pretende firmar com o Brasil um acordo que conceda imunidade a eventuais processos contra soldados norte-americanos na Corte Penal Internacional.
– É verdade que estamos tentando chegar a um acordo (...) Estamos negociando com muitos países do mundo (...) Brasil é um dos países – disse Hrinak à imprensa, respondendo à pergunta se Washington estaria pressionando o Brasil para aceitar um acordo bilateral que evite a atuação do tribunal.
A Corte Penal Internacional, cuja implementação e organização são discutidas por uma assembléia de países em Nova York tem como missão julgar acusados de crimes de guerra e genocídio.
A jurisdição da corte não é retroativa. Somente os crimes cometidos depois de 1º de julho serão julgados pelo órgão.
Os Estados Unidos, que se recusaram a assinar o acordo relativo à criação do tribunal, não participaram da assembléia em Nova York.
O governo do presidente George W. Bush recusa-se a assinar o tratado, que poderia deixar os norte-americanos sob a jurisdição do tribunal mesmo que não fizessem parte da convenção, por acreditar que seus soldados poderiam ser foco de acusações com motivações políticas.
Por isso, Washington busca agora acordos bilaterais com praticamente todos os países do mundo destinados a proteger soldados norte-americanos de eventuais processos. Bush obteve sucesso com Romênia, Israel e Timor Oriental.
Os EUA, principal aliado da Colômbia na luta contra o narcotráfico, pressionam o presidente Alvaro Uribe, condicionando parte da ajuda militar que presta na região à aceitação do acordo que oferece imunidade aos militares da Corte Internacional.
As informações são da agência Reuters.
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