| 10/11/2006 13h41min
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), ex-líder do governo, ocupou a tribuna do Senado nesta sexta-feira para propor que governo e oposição criem uma agenda mínima para o país crescer de forma sustentada nos próximos anos sem prejudicar os avanços da economia, como a queda da inflação. Em um longo discurso, elogiou a política econômica adotada neste primeiro governo Lula e reconheceu a responsabilidade do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci pela "vitória na área". Mercadante, porém, reconheceu que o país vem registrando taxas de crescimento "pequenas e até medíocres" . O senador acrescentou que o crescimento é o maior desafio do segundo mandato.
Mercadante entende que, para o país vencer esse desafio e passar a obter taxas de crescimento que oscilem entre 5% a 7%, deve implantar o que chamou de "novo desenvolvimento". Esse modelo, conforme sustentou, teria por base o aumento da taxa de investimentos com a devida contenção da expansão de gastos correntes.
Mercadante, que foi um dos principais assessores econômicos do PT e chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Fazenda no primeiro governo de Lula, adiantou suas idéias ao presidente durante uma conversa que durou cerca de duas horas. Ele já dissera que o grande desafio do próximo mandato de Lula é garantir o crescimento econômico de pelo menos 5% ao ano e isso, na sua opinião, não será conseguido com pequenos ajustes na política econômica e sem a abertura de um canal de diálogo efetivo com a oposição.
Mercadante deixou claro ao presidente não gostaria de voltar a ocupar a liderança do governo logo depois da sua conturbada derrota na disputa pelo governo de São Paulo, em que teve que administrar o envolvimento do coordenador de sua campanha, Hamilton Lacerda, no escândalo da compra do dossiê contra os tucanos. O atual líder do governo no Senado é Romero Jucá (PMDB-RR).
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