| 05/09/2002 11h43min
Os oito candidatos que participam do debate O Rádio Gaúcho nas Eleições 2002 – o Rio Grande Comanda realizaram perguntas entre si no quarto bloco. Educação e funcionalismo foram os assuntos preferidos pelos postulantes nesta parte do programa. Já o primeiro a perguntar, Germano Rigotto questionou José Vilhena (PV) sobre seu projeto de educação. O candidato do PV afirmou que pretende implantar um projeto de educação holística e cidadã. Para ele, a escola deve complementar a família na formação das pessoas. O ensino técnico foi lembrado por Vilhena, ponto também defendido por Rigotto. O candidato do PMDB prometeu valorizar os profissionais de educação, com melhores salários e qualificação permanente.
Na vez do candidato Aroldo Medina (PL) perguntar, ele quis saber de Carlos Schneider (PSC) uma nota para o governo Olívio Dutra. Schneider fez críticas ao governo atual e defendeu o resgate de valores como justiça e prosperidade, mas não chegou a formalizar a avaliação da administração em um número. O candidato Antônio Britto (PPS) manteve sua prática de utilizar seu espaço para criticar o governo petista e perguntou a Caleb de Oliveira (PSB) sobre o fato de a Ford não ter se instalado no RS. O candidato do PPS lembrou a crítica que o candidato à Presidência do PSB, Anthony Garotinho, fez a Lula e ao governo gaúcho em debate na TV Record por não ter cumprido o acordo com a Ford. Caleb defendeu o candidato Garotinho, dizendo que sua administração no Estado do Rio de Janeiro foi de melhor nível e, portanto, ele tem condições de criticar qualquer governo do país. Mas afirmou que sua posição pessoal e do PSB no Rio Grande do Sul é de que não se deve importar empresas multinacionais em detrimento do setor produtivo gaúcho. Britto, em sua réplica, disse que empresas grandes como a GM e a Ford alavancam o desenvolvimento de outras empresas menores. Na tréplica de Caleb, novamente ele afirmou que os setores industriais como agroindústria e calçadista – tradicionais no Estado – são intensivos na geração de emprego e renda e devem ser valorizados.
Quando Vilhena perguntou a Aroldo Medina (PL), novamente o assunto da segurança pública voltou a ser debatido. O capitão da BM Medina dise que pretende colocar a Polícia Civil e a Brigada Militar em ação como uma tropa de defesa do povo gaúcho. Segundo ele, as tropas são espelhos de seus comandantes. Ele também defendeu a instalação de presídios privados.
Na vez de Tarso Genro, o candidato petista questionou Celso Bernardi (PPB) se ele pretende fazer PDV, como realizou Britto em seu governo, ou contratar professores. Bernardi foi categórico em dizer que educação é prioridade em seu governo e que não pretende demitir funcionários públicos. O candidato aproveitou para alfinetar o governo petista, dizendo que não iria realizar demissões de caráter político e ideológico, "como faz o PT". Tarso se defendeu dizendo que isso não ocorreu no governo de Olívio Dutra e lembrou do projeto Mova, de alfabetização de adultos. Na mesma linha, Tarso respondeu a pergunta de Carlos Schneider (PSC) sobre as reivindicações salariais e de plano de carreira do Cpers-Sindicato. Para o candidato petista, o plano de carreira é uma conquista do governo atual e educação não é apenas prioridade pelo ensino, mas porque inclui as pessoas no sistema produtivo e qualifica a cidadania.
Bernardi manteve a discussão sobre educação ao perguntar para Britto o que os professores teriam ganho com as privatizações de seu governo. O candidato do PPS aproveitou para dizer que "o PT faz mágica com os números". Segundo ele, no seu governo, saíram 5 mil professores no PDV, mas outros 19 mil foram contratados e a categoria recebeu reajuste de 117%, mais do que os 40% dados pelo PT. O candidato do PPB criticou o governo do Britto por ter retirado R$ 625 milhões das privatizações do Fundo Estadual da Educação. Se for eleito, prometeu manter o dinheiro nos fundos.
O candidato Caleb de Oliveira (PSB) perguntou para Rigotto o que ele pretende fazer sobre a Rota do Sol e, como já havia feito em bloco anterior, defendeu a Secretaria dos Transportes do governo atual – cujo titular da pasta era o deputado Beto Albuquerque do PSB. Rigotto prometeu concluir a Rota do Sol e disse que todos os governos que participaram da construção da rodovia devem ser lembrados e valorizados.
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