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O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 5 de setembro, que ficou surpreso com a elevação da meta de superávit primário para 2002 de 3,75% para 3,88% do Produto Interno Bruto (PIB). Lula ponderou, entretando, e disse não acreditar que tenha havido má fé por parte do governo por não tê-lo informado sobre o compromisso de maior esforço fiscal este ano.
Lula disse que o PT ainda vai avaliar o memorando técnico do FMI entregue na quarta-feira ao partido.
– Não fomos informados. Para nós, é surpresa. O partido agora terá que fazer uma conversa, juntar os economistas e os dirigentes do PT e ver o que vamos falar com o governo – disse ele em entrevista coletiva na fábrica da Embraer, em São José dos Campos, a cerca de 80 km da capital paulista.
– Quando pedi ao presidente da República para ter acesso ao memorando técnico, ele me disse que os documentos estavam sendo traduzidos para ir ao Senado e ficaram de nos enviar.Não quero crer que tenha havido má fé.
Em agosto, o Brasil e o Fundo Monetário Internacional firmaram um acordo de empréstimos no valor de US$ 30 bilhões para ajudar o país a enfrentar a onda de turbulências em meio ao processo eleitoral. Na época, depois de um encontro promovido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso com os quatro principais candidatos, Lula e dirigentes do partido demonstraram apoio ao acordo por considerá-lo inevitável dado o momento difícil da economia brasileira.
Lula visitou nesta quinta a Embraer, acompanhado pelo deputado e candidato ao governo de São Paulo, José Genoíno, e do deputado Aloizio Mercadante. Ele foi recebido pelo presidente da empresa, Maurício Botelho, e gravou cenas para o programa eleitoral.
Mercadante garantiu que o partido mantém o apoio ao acordo, embora o governo tenha prometido que não haveria "sacrifício adicional''.
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