| 14/11/2006 20h13min
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reagiu às queixas do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que reclamou nesta terça do fato de o partido não ter sido procurado institucionalmente para negociar sua participação no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Para Renan, o presidente Lula é quem definirá o momento adequado para abrir esse diálogo.
Embora tenha frisado que é favorável à incorporação de todos os segmentos do partido nessa negociação, Renan deixou claro que Temer – depois de ter defendido a candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência – não conseguirá representar aqueles que apoiaram a reeleição de Lula, apenas por estar na presidência do PMDB.
– Claro que as conversas com o PMDB precisam ser institucionais. Mas é utópico achar que uma só pessoa vá representar todas as correntes do partido. Por isso mesmo, temos de democratizar essa interlocução – defendeu Renan.
Na avaliação de
Renan, o presidente Lula, se tiver
paciência e tempo, deveria buscar o diálogo com todas as correntes do partido. O presidente do Senado garantiu que na conversa que Lula teve na semana passada com o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), e que teria motivado as críticas de Temer, não foi tratada em nenhum momento a ampliação da participação do PMDB no governo.
– É importante levar todas as correntes para essa conversa. Esse seria o ideal. O Jader conversou com o presidente Lula durante toda a campanha presidencial. Isso não é uma novidade e não foi falado em nome de ninguém –assegurou o presidente do Senado.
Renan acrescentou que não se oporá a qualquer iniciativa de Temer de convocar o Conselho Político ou mesmo uma convenção nacional para discutir a participação do PMDB no governo. Na sua opinião, o partido só não pode cometer a velha estratégia de reivindicar cargos e ministérios, antes de discutir uma agenda de crescimento para o país.
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