“Nós temos duas opções. Ir para o céu ou ir para o inferno”. A frase apocalíptica do técnico Wanderley Paiva resume a partida deste domingo entre Ponte Preta e Fortaleza, a partir das 18h10min, no Estádio Presidente Vargas. Somente a vitória interessa à Macaca, que luta para escapar do rebaixamento. A vaga na Segundona já está garantida aos mandantes.

A Ponte tem 38 pontos, apenas dois atrás do Fluminense. A grande vantagem na rodada será entrar em campo já sabendo o que fazer. Isso porque os cariocas jogam no sábado diante do Corinthians. Em 17º lugar da tabela, a Macaca não esconde a torcida por um resultado positivo dos corintianos. Até Paiva, outrora cauteloso, agora promete um time ofensivo para arrancar uma vitória.

– Um jogo como este é complicado. Teremos que sair para cima deles desde o início, mas, não podemos nos descuidar. O risco de um contra-golpe é muito alto, ainda mais porque o Fortaleza tem jogadores rápidos – disse o treinador.

Prova mais concreta do empenho ponte-pretano está no atacante Tuto. Artilheiro da equipe no Brasileirão, o jogador desprezou as precauções médicas e garantiu sua presença no time titular, mesmo estando apenas “com 70% das condições idéias”, segundo suas próprias palavras.

O goleiro Jean, retornando de suspensão automática, é outra novidade junto com o lateral-direito Nei, recuperado da contusão muscular que o afastou dos treinamentos em boa parte da última semana. Com a base titular em campo, Paiva espera dar seqüência ao bom futebol que venceu o Flamengo por 3 a 0, na última rodada.

– Agora, não podemos oscilar mais. Se quisermos realmente deixar a zona do rebaixamento, temos que evitar algumas falhas, sobretudo no campo de defesa. Isso vai ser fundamental – disse.

Matematicamente rebaixado à Série B com 31 pontos, o Fortaleza cumpre tabela nesses três últimos jogos do Brasileirão. Diversos jogadores importantes da equipe, como o volante Ramalho e o atacante Finazzi, acertaram sua rescisão contratual nesta semana. A novidade fica por conta da estréia do ex-volante Daniel Frasson no comando do Tricolor.

GAZETA PRESS