| 27/11/2006 20h48min
Rafael Correa, virtual presidente eleito do Equador, afirmou nesta segunda-feira que iniciará a transição governamental ainda esta semana, com o envio de seus delegados ao Ministério da Economia para estudar o orçamento do Estado. Em entrevista coletiva em Guayaquil, o esquerdista Correa, que, com mais de 50% da apuração, tem mais que o dobro de votos de seu rival, o multimilionário populista Álvaro Noboa, assegurou hoje que o trabalho de seu governo não será improvisado.
– Vamos começar a adiantar o cumprimento das minhas promessas. Ainda esta semana, meus delegados irão ao Ministério da Economia para revisar o orçamento – afirmou Correa, que deve estudar a situação das contas do Estado para assumir o país.
Quanto ao tema do petróleo, Correa assegurou que deseja transformar a empresa estatal Petroecuador em uma entidade totalmente independente nas áreas administrativa, técnica e financeira. Além disso, Correa apontou a necessidade de o Equador mandar refinar petróleo em países amigos, sem especificar nomes.
Durante o período de três meses e meio que esteve à frente do Ministério da Economia, em 2005, Correa, que admite ser amigo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negociou com esse país a venda de bônus da dívida de Quito a Caracas, e a possibilidade de refinar petróleo equatoriano em instalações venezuelanas.
Ontem, junto com o segundo turno das eleições presidenciais, foram realizadas no Equador duas consultas populares: uma sobre as áreas de saúde, educação e redistribuição do excedente petroleiro, e outra, limitada à região de Santo Domingo de los Colorados, sobre a possível conversão dessa área em província.
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