| 09/09/2002 23h
A polêmica que ronda o Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Ipesc) promete aquecer os debates entre os candidatos ao Palácio Santa Catarina. Na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa (AL) tramita um projeto de lei encaminhado pelo Executivo que propõe a criação de um fundo previdenciário.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual (Sintesp) reclama que, em caso de falência ou insolvência, o Estado não assume o ônus dos pagamentos das aposentadorias.
– Para os atuais servidores não muda nada. A família do servidor que já faleceu terá direito a aposentadoria, conforme ocorre hoje – garantiu o diretor-financeiro do Ipesc, Paulo Gustavo Salomon.
A alteração se dará para os que ingressarem no serviço público após a alteração na lei – caso o projeto seja aprovado – que passarão a depender do fundo para se aposentar. Um item do projeto de lei impede que o governo se aproprie dos recursos para aplicação em outros fins.
Apesar dos argumentos, o Sintesp se mantém contra.
– Não existem garantias sobre uma possibilidade de quebra do sistema – disse o secretário-geral Arnoldo dos Santos.
A divergência se dá também entre os candidatos do Estado. O candidato à reeleição Esperidião Amin (PPB) diz que sem um fundo a situação é insustentável.
Luiz Henrique da Silveira (PMDB) afirma que vai esperar a apreciação dos deputados peemedebistas e, se for o caso, o partido fará uma emenda.
Para José Fritsch (PT), o setor não deve ser entregue para a iniciativa privada.
– O Estado não pode mexer nos direitos conquistados pelo servidor ao longo dos anos – garantiu.
Sérgio Grando (PPS) acredita que a previdência deva ser um órgão fomentador.
– No passado, a previdência era uma poupança que permitia inclusive financiar habitação – recordou Grando.
ÂNGELA BASTOS / DIÁRIO CATARINENSEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.