| 28/11/2006 13h51min
O ex-árbitro alemão Robert Hoyzer, um dos principais nomes do escândalo de manipulação de resultados que sacudiu o futebol da Alemanha às vésperas da Copa do Mundo, pode acabar inocente, pelo menos do ponto de vista judicial.
A procuradoria federal defendeu nesta terça a absolvição de Hoyzer, que recorreu ao Tribunal Supremo contra sua condenação a dois anos e cinco meses de prisão decretada em novembro de 2005 pela Audiência Territorial de Berlim.
Hoyzer foi declarado culpado de cumplicidade em fraude num total de seis casos, todos envolvendo o escândalo de manipulação orquestrado por uma máfia croata de apostadores, que ainda envolveu jogadores.
O assunto veio à tona após um árbitro denunciar na Federação Alemã de Futebol (DFB) vários casos de irregularidades em jogos arranjados por Hoyzer. O caso veio seguido por outros parecidos.
No total, foram descobertas manipulações em 23 jogos da Copa da Alemanha, da segunda divisão do Campeonato Alemão e de campeonatos regionais, com árbitros e jogadores comprados.
Hoyzer, de 26 anos, foi expulso do quadro de arbitragem e expulso da profissão, além de condenado à prisão. Dois croatas envolvidos no esquema também foram levados à cadeia.
Mas o escândalo, que questionou a credibilidade dos responsáveis pela arbitragem nos preparativos ao Mundial de 2006, pode acabar em nada na revisão do caso pela Corte Suprema.
O procurador do caso, Hartmut Schneider, falou hoje, na abertura do novo processo, de "superficialidade" nas investigações e pediu a livre absolvição de Hoyzer, além da revisão das penas aos outros culpados.
Schneider não põe em dúvida a fraude, diz que as acusações imputáveis sejam suscetíveis de acabar em pena fixada definitivamente.
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