Bastou o ex-craque Maradona confirmar presença no confronto entre Rússia e Argentina na final da Copa Davis, que será realizado a partir desta sexta em Moscou, para que a organização passasse a ter uma preocupação extra. O ex-camisa 10 da Argentina costuma se exceder no apoio aos seus compatriotas, comportando-se como um torcedor de futebol, o que no universo do tênis não é permitido.

– Não queremos abuso nem agressividade. Se isso acontecer, teremos que apelar para nossas regras e melhorar o jogo. Falarei com Mancici (capitão argentino) para saber se pode ocorrer algum problema – disse Mike Morrisey, árbitro-geral do confronto.

No confronto semifinal em Buenos Aires, contra a Austrália, Maradona comandou a torcida argentina como se estivesse em La Bombonera, o estádio do Boca Juniors, exagerando também nos comentários em relação a Lleyton Hewitt, desafeto dos argentinos.

Antes, na primeira rodada da Davis, Maradona já havia dado sinais de que não é um torcedor padrão no mundo do tênis. Ele insultou o sueco Robin Soderling durante uma partida e deixou a Federação Internacional de olho em futuros abusos. O temperamental Marat Safin também mandou um recado ao argentino.

– Que não se comporte aqui como em Buenos Aires – avisou o russo, que também fez uma média com Maradona. – Seria uma honra conhecê-lo pessoalmente – completou o tenista.

GAZETA PRESS