Marcada para a tarde desta quarta, a assinatura do contrato com a empresa holandesa Amsterdan Arena Advisory será o ponto de partida para a construção do novo estádio do Grêmio. Apesar de o projeto ainda não estar definido, é forte a possibilidade de que o novo estádio seja coberto. As obras deverão ter início em abril de 2007. E não serão concluídas antes de dois anos.
 
Nesta terça à noite, durante reunião no Conselho Deliberativo, o presidente Paulo Odone solicitou autorização para a criação da empresa Grêmio Patrimônio. Com formatação jurídica própria, a Grêmio Patrimônio será a âncora para a captação de recursos a serem investidos na obra.

Os representantes da Amsterdan Arena passarão os próximos cinco meses em Porto Alegre. Nesse período, realizarão todos os estudos que irão envolver a execução do projeto. Um dos principais pontos será avaliar se o mais conveniente é construir o novo estádio no mesmo lugar do atual ou em outra área da cidade, que seja mais propícia à instalação de empreendimentos como shopping center, hotel ou centro de convenção, todos previstos no conceito de Arena.

Também caberá aos holandeses realizar o levantamento do custo do projeto e buscar investidores que financiem a obra. Especializada em projetar estádios multiuso, a Amsterdan Arena Advisory tem seu nome associado ao Olympiastadion, sede da decisão da Copa da Alemanha, Arena do Ajax, Alvalade, do Sporting e Dragão, do Porto, ambos em Portugal.

– Seguiremos todas as orientações técnicas. Temos que oferecer o melhor produto para que o mercado se interesse por financiar a obra – afirma o vice de planejamento Eduardo Antonini.

O estádio não se chamará mais Olímpico. Será batizado com o nome de uma empresa internacional, parceria que ajudará a financiar 30% dos custos. É assim, por exemplo, com a Arena do Atlético-PR, que leva o nome de Kiocera, empresa japonesa da área de telefonia celular. O estádio do Arsenal, da Inglaterra, foi batizado com o nome de Fly Emirates. 

– Estamos pensando o futuro do Grêmio – empolga-se Antonini.

Desde março, em sigilo, Antonini vinha trabalhando no projeto. Em junho, durante a Copa do Mundo, chegou a viajar com recursos próprios para a Alemanha. Seu objetivo era conhecer os estádios que poderão servir de modelo à futura casa do Grêmio.

LUÍS HENRIQUE BENFICA/ ZERO HORA