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O mercado internacional reagiu com otimismo ao discurso proferido pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, durante Assebléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada nesta quinta, 12 de setembro. O preço do petróleo despencou: o barril do óleo Brent fechou em US$ 27,70, com redução de 2,43% em relação ao dia anterior, enquanto o tipo WTI, negociado em Nova York, terminou o dia cotado a US$ 28,90, queda de 2,92%.
Os operadores entenderam o ultimato ao Iraque como um prazo que o mundo árabe ganhou, depois de reagir durante dias como se o bombardeio fosse iminente. Em vez da esperada declaração de guerra, a declaração de Bush frente à ONU foi entendida como um adiamento temporário da invasão militar do Iraque. A expectativa era a de que Bush fosse mais incisivo em sua intenção de derrubar o ditador iraquiano Saddam Hussein. No entanto, houve mais ponderação do que se esperava.
Bush declarou que a ação militar contra o Iraque é "inevitável", a menos que se cumpram as resoluções da ONU que exigem o desarmamento de Bagdá.
Mais do que a confiança numa disposição diplomática de Bush, parece ter prevalecido a redução da pressão sob a qual o mercado internacional de petróleo vinha operando nos últimos dias. Além disso, o volume negociado foi pequeno, porque os operadores preferiram esperar para fechar negócios só depois do discurso do presidente dos EUA.
O otimismo do mercado pode não durar muito, diante das resistências internas ao plano de aumento da produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) em caso de guerra. O presidente da estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA), Alí Rodríguez, disse nesta quinta que há um excedente de 1,2 milhão a 1,8 milhão na produção de óleo cru dos países integrantes da Opep. Segundo Rodríguez, situação similar se registra entre os produtores independentes, cuja produção teria sido aumentada em 1,5 milhão de barris.
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