| 13/12/2006 12h18min
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) trabalha para que o plano de prevenção à entrada da gripe aviária no país inclua a comunicação à população das ações adotadas pelo governo, afirmou o analista ambiental Leonardo Mohr, durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados.
S
egundo Mohr, o plano de prevenção está sendo elaborado em conjunto com outros órgãos federais. Ele lembrou que aves migratórias podem trazer o vírus e por isso políticas públicas deverão ser adotadas em áreas de Unidades de Conservação Federais por onde passam essas aves.
– Em alguns desses locais vivem pessoas que criam animais domésticos, o que pode desencadear a transmissão do vírus – informou.
Caso seja detectado algum foco, acrescentou, "estamos trabalhando de forma a tranqüilizar a população, o mais importante é informar que o governo está atuando preventivamente".
De acordo com Joel Meyer, integrante do Grupo de Estudo sobre a Influenza Aviária da Universidade de Campinas (Unicamp), que também participou da audiência, há duas possíveis portas de entrada de aves migratórias: uma pelo Norte e outra pelo Sul do país.
– A rota do Sul não é monitorada e só saberemos da chegada do vírus depois que ele for detectado. A nossa sugestão é monitorar aves migratórias ainda na Antártida, para podermos avaliar o destino da migração delas e emitir alertas – afirmou.
Sobre a rota do Norte, Meyer informou que o monitoramento é feito pelos Estados Unidos, que enviarão um alerta ao Brasil.
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