| 13/12/2006 20h34min
A discussão do aumento do salário dos parlamentares foi tema de debate nesta quarta-feira no plenário do Senado. O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), considera importante que senadores enfrentem a discussão de maneira realista e não apenas jogando para a platéia. A princípio, ele é favorável à redução de outras despesas para compensar o aumento que poderá ser concedido aos parlamentares.
– Porque um rapaz do Ministério Público ou um ministro do Supremo pode ganhar mais do que um senador? Nosso trabalho não é relevante? Mas não acho bonito o movimento de meia dúzia de parlamentares que se posiciona contra, mas será beneficiado pelo aumento, só para ficar melhor perante a opinião pública – ponderou.
Já o líder do PFL, senador José Agripino Maia (RN), que pretende concorrer à presidência da Casa, procurou ser cauteloso ao tratar do assunto:
– Não adianta ninguém externar uma opinião individual, que pode parecer oportunismo ou uma tentativa de se diferenciar, mesmo porque essa será uma decisão coletiva.
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, por sua vez, disse que é preciso ter bom senso nas discussões de aumento salarial. Ao ser perguntado sobre a intenção dos parlamentares de aumentarem os próprios salários, afirmou que o governo não tem como interferir em decisões do Legislativo, mas lembrou que é preciso evitar aumentos em cascata e o desequilíbrio das contas públicas.
– O governo só vai chamar ao bom senso. O presidente já manifestou diversas vezes que não vamos interferir nas decisões do Congresso sobre sua remuneração. Agora, todos nos dizem, estando no Congresso ou não, que é necessário ter bom senso para definir determinadas questões, porque pode desencadear uma reação em cascata que pode desequilibrar as contas públicas. Tenho certeza de que os parlamentares terão muita moderação quando forem tomar uma medida como essa – disse.
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