| 14/12/2006 15h18min
Depois do anúncio do aumento salarial dos deputados e senadores feito no início da tarde desta quinta-feira, que passarão a ganhar os mesmos R$ 24,6 mil que recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disseram que vão cortar gastos com despesas correntes para compensar o reajuste. Estão incluídas nessas despesas obras em apartamentos funcionais, construção de prédios e novas instalações. Na Câmara, a previsão, segundo Aldo Rebelo, é que cortem R$ 150 milhões desse nicho.
Só na Câmara, cujo orçamento para 2007 é de R$ 3,1 bilhões, o reajuste custará R$ 93 milhões a mais por ano. Isso só com os novos salários dos 513 deputados. Somadas as despesas com aposentadorias, pensões e contribuições previdenciárias patronais, o custo pula para R$ 157 milhões anuais. No Senado, que ainda não anunciou com quanto poderá contar com o corte de despesas correntes, o aumento salarial dos 81 senadores significará R$ 16 milhões extra por ano.
Na reunião de líderes e integrantes das Mesas da Câmara e do Senado com Aldo e Renan, apenas o P-Sol e o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), se opuseram ao reajuste. O P-Sol defendia um aumento definido pela média dos aumentos concedidos aos funcionários das duas Casas. Fontana propôs um reajuste calculado pela inflação.
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