| 16/12/2006 07h24min
O treinador do Barcelona, Frank Rijkaard, alertou neste sábado, véspera da final do Mundial de Clubes, para o perigo na disputa de um título contra equipes sul-americanas e lembrou as finais anteriores para exigir atenção total de seu time no jogo contra o Inter, neste domingo.
– Por ser um jogo só, não existem favoritos. Historicamente vimos que pode acontecer de tudo – afirmou o técnico na última entrevista coletiva antes da final.
Rijkaard insistiu que sua equipe tem que fugir da euforia causada pela goleada de quinta-feira, sobre o América do México, nas semifinais do torneio.
Quando um repórter perguntou se vencer a final seria uma surpresa, o técnico holandês se irritou.
– O senhor não deve ter visto as últimas edições da Copa Intercontinental e as vitórias de equipes da América do Sul – disse.
Rijkaard provavelmente lembrava a derrota há 14 anos do próprio Barcelona, comandado por Johan Cruyff, para o São Paulo.
– Não podemos entrar no campo com a idéia de que vamos ganhar com facilidade. Temos que entrar em campo muito concentrados – afirmou, e acrescentou que um gol pode mudar muito um jogo.
O treinador holandês, duas vezes campeão mundial como jogador do Milan (1989 e 1990), acredita que seus jogadores ainda sofrem com o "jet lag" e os problemas causados pela diferença de fuso horário.
Rijkaard havia dito ao desembarcar no Japão que sua equipe não era uma favorita, já que era a última a chegar ao país.
O treinador ainda falou sobre o brasileiro Edmílson. O volante pode retornar diante do Colorado.
– Ele perdeu força e ficou dois dias doente em seu quarto, mas já treinou e está melhorando. Acredito que tenha chances de jogar – afirmou o holandês, que deve optar novamente por Thiago Mota caso Edmílson volte a sentir os problemas gástricos que o tiraram da partida contra o América do México.
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